sexta-feira, maio 22, 2009

O elementar sobre a diabetes

5/3/2009 - O Ribatejo

A diabetes é uma doença crónica. Contrariamente a uma ideia arreigada, as complicações dela decorrentes não se relacionam apenas com o aumento do açúcar no sangue (isto é, a glicemia elevada) mas com um conjunto de alterações como o colesterol e os trigliceridos elevados, hipertensão, obesidade, entre outras manifestações.

É por estas razões que a diabetes depende de muitos factores, obrigando ao tratamento de todos, em simultâneo. Esta doença, quando não controlada, é responsável por graves complicações, como sejam a insuficiência renal, a cegueira, as doenças cardiovasculares (angina de peito, trombose, enfarte, hipertensão...), amputações (de dedos dos pés e pernas) e diminuição da sensibilidade.

Vulgarmente, considera-se que existem dois tipos principais de diabetes: a chamada "tipo 1", que é bastante comum em crianças, começando bruscamente e obrigando ao tratamento com insulina toda a vida, e a "tipo 2", que não tem sintomas durante os primeiros anos, detectando-se frequentemente como consequência do aparecimento de uma complicação, por exemplo, uma trombose, um enfarte, a necessidade de uma amputação ou cegueira. A diabetes tipo 2 abrange 90% dos diabéticos. Surge habitualmente na idade adulta, embora nos últimos anos se tenham começado a detectar crianças com este tipo de diabetes, sobretudo devido a situações de obesidade.

Os fatores que mais determinam o aparecimento desta doença são a existência de familiares com a patologia, a obesidade e a falta de actividade física. Calcula-se que exista cerca de meio milhão de diabéticos no nosso país. A sua prevenção e tratamento exigem uma educação global da população.

É possível prevenir a diabetes, mesmo em pessoas com familiares diabéticos, desde que consiga manter um peso ideal, praticar atividade física regular e um regime alimentar adequado.

O tratamento do diabético é obrigatoriamente constituído por medicamentos e um quadro de medidas preventivas. Como a diabetes tipo 2 tem um início silencioso, um dos grandes problemas que coloca relaciona-se com o diagnóstico tardio, pelo que é recomendável que todos aqueles que possuam os fatores de risco atrás enunciados vigiem periodicamente o açúcar do sangue para que se inicie rapidamente o tratamento e se possa atrasar e evitar as complicações mencionadas.

Dada a necessidade de vigilância, educação e informação do diabético (ou das pessoas em risco de o ser), há mais de 15 anos que os farmacêuticos portugueses estão a colaborar com as equipas de saúde junto dos diabéticos. Esta participação integra-se nos cuidados farmacêuticos na diabetes e contribui para a melhoria do controlo do doente e prevenção de eventuais complicações.

Nos países desenvolvidos, cerca de cinco por cento dos diabéticos têm problemas com os pés, chegando a representar 40 por cento dos recursos em cuidados de saúde. A maioria das amputações começa com uma úlcera do pé. Calcula-se que um em cada seis diabéticos desenvolva uma úlcera no pé durante a vida, e que, na maioria dos casos, estas úlceras e amputações podem ser prevenidas.

De facto, a generalidade das amputações pode ser evitada se houver um bom controlo da diabetes, uma vigilância regular e cuidados com os pés, bem como uma boa sensibilização dos doentes. O aparecimento de qualquer pequena ferida num pé obriga a uma consulta médica imediata.

Motivacional: Dê o melhor de si

Você dá o melhor de si todos os dias? Certamente, pois, ao final do dia, o que você realizou foi o melhor que pôde fazer. Isso é o suficiente? É você quem decide.

Você corresponde às próprias expectativas? Certamente, pois o que você espera de si mesmo é o que terá da vida.

Você vive a vida que realmente gostaria? Com certeza. Porque se você realmente quisesse algo mais, encontraria a maneira de conseguir.

Qual é o melhor que você pode dar? O que você espera de si? O que você quer da vida?
Essas coisas estão sob seu total controle. É você quem decide qual é seu melhor. É você quem decide o que esperar de você mesmo. E é isso que você obterá.

sexta-feira, maio 15, 2009


Reunião nesta sexta decide futuro da Fórmula 1

por ESPN.com.br com Agência GE


Diante das ameaças de Ferrari, Renault, Toyota e Red Bull em abandonar a Fórmula 1 ao término desta temporada, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decidiu chamar a Associação das Equipes da categoria (FOTA) para uma reunião nesta sexta-feira, em Londres (Inglaterra)।

O encontro será para discutir o polêmico "teto orçamentário". Presidente da FIA, Max Mosley quer, a partir do ano que vem, dar uma série de liberdades técnicas aos times que gastarem menos de 40 milhões de libras (cerca de R$ 127 milhões) por ano. Quem não seguir esta regra terá uma série de imposições, como a limitação dos giros do motor.

Boa parte das escuderias, no entanto, é contrária a esta regra, alegando que ela criará duas categorias dentro de uma - daí a ameaça de Ferrari, Toyota, Renault e Red Bull. Os defensores da medida, por sua vez, respondem que ela trará novos times para a Fórmula 1, aumentando a atenção do público e a competitividade.

Quem também estará presente no encontro é Bernie Ecclestone, presidente da Formula One Management (FOM), empresa que cuida dos negócios da Fórmula 1. E o dirigente já sinalizou a sua opinião.

"A chave desta história é a Ferrari, que está na Fórmula 1 há 60 anos e deve ser levada em consideração. Assim que resolvermos as coisas com eles, tudo estará bem", afirmou Ecclestone.

A reunião desta sexta foi um pedido da FOTA, que divulgou comunicado oficial para pressionar a FIA. O prazo para inscrições das equipes na temporada 2010 vai de 20 a 29 de maio.

segunda-feira, maio 11, 2009

História
A origem do Dia das Mães

Todo segundo domingo de maio as famílias se reúnem para festejar um único membro - a mãe. É dia de almoço especial e presentes, mas muitos não sabem a origem desta tradição. No Brasil, o segundo domingo de maio foi oficializado como o “Dia das Mães” com um decreto do então presidente Getúlio Vargas. Mas é na mitologia que se encontra o primeiro registro de um dia separado para homenagem das mães.

Na entrada da primavera, acontecia o festejo de Rhea, conhecida como a Mãe dos Deuses, justamente por ser a mãe da maior parte dos deuses de primeira grandeza e, claro, de Zeus. Em Roma, a deusa foi conhecida pelo nome de Cibele e os festejos a ela duravam três dias, entre 15 e 18 de maio.

No mundo, a comemoração foi registrada pela primeira vez no século XVII, na Inglaterra, onde era realizada no quarto domingo do mês de maio a Quaresma das mães, o Mothering Day. As operárias ganhavam o dia de folga para preparar para suas mães o “mothering cake”, bolo que marcava a festividade. No século XIX, a compositora Júlia Ward Howe, autora de “O Hino de Batalha da República”, tentou importar a comemoração da Inglaterra para os Estados Unidos, mas foi somente em 1905 que o país aderiu à tradição.

Após a morte da mãe da americana Ana Jarvis, para aliviar o sofrimento dela, suas amigas começaram a preparar uma festa que perpetuasse a memória de sua mãe. Ana quis que a homenagem fosse extendida a todas as mães, vivas ou mortas. Sua ideia era que os laços familiares e o respeito aos pais fossem fortalecidos. A campanha para que o dia fosse instituído no calendário de datas comemorativas do estado de Virgínia Ocidental, onde Ana morava, durou três anos e a primeira celebração oficial aconteceu em 26 de abril de 1910.

Em 1914, o então presidente dos Estados unidos Woodrow Wilson estabeleceu o Dia Nacional das Mães, a ser comemorado em todo segundo domingo de maio. Em um curto espaço de tempo, mais de 40 países aderiram à data comemorativa. A americana também foi responsável pelo fato de os cravos se tornarem a simbologia dessa data. Na primeira missa em homenagem às mães, Anna enviou 500 cravos brancos para a igreja onde a celebração foi realizada. No telegrama enviado junto, ela dizia que as mães deveriam receber duas das flores, porque para Anna a brancura dos cravos simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Nos anos que se seguiram, a americana continuou enviando as flores para a igreja. Depois de algum tempo os cravos passaram a ser vendidos.

O primeiro Dia das Mães no Brasil foi realizado em Porto Alegre pela Associação Cristã de Moços, no dia 12 de maio de 1918, e só foi instituído como data comemorativa em 1932. A Igreja Católica brasileira incorporou o dia ao seu calendário oficial em 1947.

Dia das Mães no Mundo:

2º domingo de fevereiro - Noruega
1º domingo de maio - África do Sul
2º domingo de maio - Estados Unidos, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Japão, Turquia, Itália, Austrália e Bélgica
10 de maio - México
4º domingo da Quaresma - Inglaterra
Último domingo de maio - Suécia
2º domingo de outubro - Argentina
1º domingo de maio - Portugal
2 semanas antes do Natal - Iugoslávia

Escrito por: Emanuelle Bezerra

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Domingo, 10 de Maio de 2009

GP da Espanha - Corrida


São Paulo, Brasil - Existem pequenas e simbólicas diferenças entre bons pilotos e pilotos campeões. Bons pilotos são rápidos, porém inconstantes; pilotos campeões são constantemente rápidos e regulares. Bons pilotos superam seus próprios limites em raras ocasiões; Pilotos campeões andam sempre acima do próprio limite. Bons pilotos são brilhantes em raras oportunidades, sendo comuns na maioria das vezes; pilotos campeões são constantemente brilhantes, sendo comuns em poucos momentos. Mas, mais do que isso: bons pilotos fazem apenas o básico quando pilotam carros claramente vencedores; pilotos campeões são superiores com extrema facilidade nessas condições.

O GP da Espanha transformou-se em um dos vários capítulos da história da Fórmula-1 que escancara tais diferenças. Dois pilotos dominaram a prova, em momentos distintos: Rubens Barrichello e Jenson Button. A bordo de um carro vencedor, Barrichello novamente fez o seu papel, como um bom piloto que é. A bordo do mesmo carro vencedor, Button novamente pilotou como um campeão e venceu pela quarta vez na temporada. Simples assim. E, se havia alguma dúvida sobre a hierarquia dentro da Brawn GP, hoje ela foi definitivamente eliminada.

Vamos aos fatos deste 39º GP da Espanha:


- Na largada, Rubens Barrichello foi excepcional: voou como um leão pra cima de Jenson Button e pulou da terceira posição para a liderança da prova antes mesmo da primeira curva. Felipe Massa também largou muito bem, mas diante da postura defensiva de Sebastian Vettel, conseguiu galgar apenas uma posição. Largando da primeira fila, o alemão partiu muito mal e caiu para o quarto posto. Kimi Räikkönen foi outro que fez uma boa largada e completou a primeira volta já na 10ª posição, ao contrário de Nelsinho Piquet, que caiu do 12º para o 14º posto.

No entanto, um acidente entre quatro carros provocou a entrada do Safety Car já na primeira volta. Nico Rosberg disputava posição com Jarno Trulli quando jogou-o para fora da pista; o italiano patinou na caixa de brita e retornou à pista completamente atravessado, em uma situação de altíssimo risco. Adrian Sutil, que já havia errado a primeira curva e não tinha nada a ver com a história, acertou em cheio a Toyota de Trulli e tirou ambos da prova. Sébastien Buemi, ao ver a confusão à sua frente, tirou completamente o pé e foi acertado em cheio por seu companheiro de equipe, Sébastien Bourdais. Acidente típico de corrida, fim de prova para os quatro pilotos e mérito para Lewis Hamilton, que viu todo aquele auê à sua frente e conseguiu escapar ileso. De tudo isso, vale registrar a enorme sorte que Trulli teve ao não ser atingido com maior gravidade.


- Cinco voltas depois, o SC retornou aos boxes e uma nova largada foi dada, com Barrichello mantendo a liderança, imediatamente à frente de Button. Um pouco mais atrás, Fernando Alonso e Mark Webber protagonizaram o momento mais bonito da corrida, em uma linda manobra de ambos: Alonso partiu pra cima de Webber, que o espremeu na parte suja da pista; ainda assim o espanhol utilizou a grama para superar o australiano, por pouquíssimo tempo: o piloto da Red Bull foi arrojado e preciso o suficiente para dar o "xis", em uma manobra muito rápida, e retomou a posição de Alonso. Continua inspirado, o australiano.

- Na 6ª volta, Heikki Kovalainen deu sequência à sua maré de sorte e abandou a prova com problemas hidráulicos. 12 voltas depois, foi a vez de seu conterrâneo Kimi Räikkönen deixar a corrida com problemas no acelerador. Um péssimo fim de semana para os pilotos finlandeses.

- A Ferrari, por sinal, deu sequência às suas atuações patéticas nessa Temporada 2009: como se não bastasse o erro coletivo que tirou de Räikkönen a possibilidade de avançar ao Q2 na classificação de ontem, hoje o F60B mostrou-se mais problemático do que o seu antecessor. Pior: Felipe Massa, que vinha em uma ótima prova e tinha o 4º lugar garantido, sofreu com erros estratégicos da equipe e teve que literalmente tirar o pé nas últimas cinco voltas, perdendo posições para Vettel e Alonso - se mantivesse o ritmo, sofreria pane seca. Até quando a equipe italiana continuará protagonizando episódios tão ridículos quanto esses?


- Voltando ao início da prova: Barrichello e Button estavam em uma briga aberta, trocando melhores voltas em um ritmo amplamente superior aos demais pilotos, em uma prova clara da incontestável superioridade da Brawn GP nessa temporada. O brasileiro parecia estar na briga pela vitória, já que estava mais pesado que o inglês e em alguns momentos até mais rápido. Mas o líder do campeonato alterou sua estratégia, passando a fazer apenas duas paradas, ao invés das três paradas de Barrichello.

O segundo piloto da Brawn liderou metade da prova e imprimiu um ritmo alucinante, sendo cerca de 8 a 9 décimos por volta mais rápido do que Button. Mas para fazer valer sua estratégia de três paradas, deveria andar no limite durante quase toda a prova. Nesse ítem, Barrichello fracassou: após sua segunda parada, voltou na 4ª posição e perdeu a vitória, precisamente, na 40ª volta. Neste momento, o inglês anulou inteiramente a diferença perdida para o brasileiro no cronômetro e soube ser constantemente rápido - o suficiente para sair de seu último pit-stop cerca de sete segundos à frente de seu companheiro de equipe. O resultado estava definido.

- No mais, foram raríssimas as brigas por posições. Sebastian Vettel passou a prova inteira encaixotado atrás de Felipe Massa e teve atuação bastante apagada, largando três posições à frente de Mark Webber e chegando imediatamente atrás de seu companheiro de equipe. Webber, por sua vez, foi o nome da prova: protagonizou o grande momento da corrida, foi rápido o suficiente para fazer valer sua estratégia e conquistou uma mais do que merecida terceira posição - seu segundo pódio na temporada. Brilhante atuação do australiano.

- Quem esteve discreto durante toda prova mas conseguiu um grande resultado final foi Fernando Alonso. O piloto da casa largou no oitavo posto e terminaria em 6º, mas alcançou a 5ª posição graças ao problema sofrido por Massa. E assim o espanhol vai conquistando regularmente seus pontos; é o máximo que pode fazer com esse carro-caixote da Renault, e é exatamente o oposto do que faz seu companheiro de equipe: Nelsinho Piquet terminou onde largou, na 12ª posição, e só apareceu nas imagens da transmissão da prova quando foi superado por Lewis Hamilton. Pelo menos não protagonizou seu habitual espetáculo de rodadas e saídas da pista, o que já pode ser visto como um relativo lucro.


- Outro que também mal apareceu na prova foi Nick Heidfeld: eficiente e discreto como de costume, o alemão também conseguiu ir além do que o péssimo BMW Sauber pode conseguir e garantiu mais dois pontos na tabela ao conquistar a 7ª posição. E, quem diria, está muito à frente de seu companheiro de equipe, o badalado Robert Kubica. Claramente desmotivado, o polonês foi apenas o 11º colocado.

- Lewis Hamilton, por sua vez, ficou na posição do bobo. A 9ª colocação final é um reflexo exato do fraquíssimo desempenho da McLaren em território espanhol. A equipe andou para trás, mas deve se recuperar em Mônaco - sobretudo por ser uma das pistas favoritas do atual campeão mundial.

- Chamou atenção também a queda de rendimento da Toyota: discreta nos treinos durante todo o fim de semana, a equipe que era tida como uma das forças da atual temporada alcançou apenas uma apagada 10ª posição, com Timo Glock. Muito pouco para quem esperava lutar por vitórias na fase europeia.


- Quatro vitórias em cinco corridas, cinco vitórias na carreira, líder do campeonato com 41 pontos - 15 pontos à frente do vice-líder, 19 pontos à frente de seu primeiro adversário direto. Este é Jenson Button. Além de brilhante e preciso, o inglês tem a seu favor um segundo piloto que é um excepcional acertador de carros e talvez o melhor escudeiro que a Fórmula-1 já teve em sua história. É impossível negar que Button é claramente o favorito ao título, e o faz por merecer.

Afinal de contas, como foi dito no início do texto, o britânico mostra corrida após corrida que não é apenas um bom piloto: é, de fato, um piloto campeão.



Domingo, 10 de Maio de 2009

GP da Espanha - Corrida


São Paulo, Brasil - Existem pequenas e simbólicas diferenças entre bons pilotos e pilotos campeões. Bons pilotos são rápidos, porém inconstantes; pilotos campeões são constantemente rápidos e regulares. Bons pilotos superam seus próprios limites em raras ocasiões; Pilotos campeões andam sempre acima do próprio limite. Bons pilotos são brilhantes em raras oportunidades, sendo comuns na maioria das vezes; pilotos campeões são constantemente brilhantes, sendo comuns em poucos momentos. Mas, mais do que isso: bons pilotos fazem apenas o básico quando pilotam carros claramente vencedores; pilotos campeões são superiores com extrema facilidade nessas condições.

O GP da Espanha transformou-se em um dos vários capítulos da história da Fórmula-1 que escancara tais diferenças. Dois pilotos dominaram a prova, em momentos distintos: Rubens Barrichello e Jenson Button. A bordo de um carro vencedor, Barrichello novamente fez o seu papel, como um bom piloto que é. A bordo do mesmo carro vencedor, Button novamente pilotou como um campeão e venceu pela quarta vez na temporada. Simples assim. E, se havia alguma dúvida sobre a hierarquia dentro da Brawn GP, hoje ela foi definitivamente eliminada.

Vamos aos fatos deste 39º GP da Espanha:


- Na largada, Rubens Barrichello foi excepcional: voou como um leão pra cima de Jenson Button e pulou da terceira posição para a liderança da prova antes mesmo da primeira curva. Felipe Massa também largou muito bem, mas diante da postura defensiva de Sebastian Vettel, conseguiu galgar apenas uma posição. Largando da primeira fila, o alemão partiu muito mal e caiu para o quarto posto. Kimi Räikkönen foi outro que fez uma boa largada e completou a primeira volta já na 10ª posição, ao contrário de Nelsinho Piquet, que caiu do 12º para o 14º posto.

No entanto, um acidente entre quatro carros provocou a entrada do Safety Car já na primeira volta. Nico Rosberg disputava posição com Jarno Trulli quando jogou-o para fora da pista; o italiano patinou na caixa de brita e retornou à pista completamente atravessado, em uma situação de altíssimo risco. Adrian Sutil, que já havia errado a primeira curva e não tinha nada a ver com a história, acertou em cheio a Toyota de Trulli e tirou ambos da prova. Sébastien Buemi, ao ver a confusão à sua frente, tirou completamente o pé e foi acertado em cheio por seu companheiro de equipe, Sébastien Bourdais. Acidente típico de corrida, fim de prova para os quatro pilotos e mérito para Lewis Hamilton, que viu todo aquele auê à sua frente e conseguiu escapar ileso. De tudo isso, vale registrar a enorme sorte que Trulli teve ao não ser atingido com maior gravidade.


- Cinco voltas depois, o SC retornou aos boxes e uma nova largada foi dada, com Barrichello mantendo a liderança, imediatamente à frente de Button. Um pouco mais atrás, Fernando Alonso e Mark Webber protagonizaram o momento mais bonito da corrida, em uma linda manobra de ambos: Alonso partiu pra cima de Webber, que o espremeu na parte suja da pista; ainda assim o espanhol utilizou a grama para superar o australiano, por pouquíssimo tempo: o piloto da Red Bull foi arrojado e preciso o suficiente para dar o "xis", em uma manobra muito rápida, e retomou a posição de Alonso. Continua inspirado, o australiano.

- Na 6ª volta, Heikki Kovalainen deu sequência à sua maré de sorte e abandou a prova com problemas hidráulicos. 12 voltas depois, foi a vez de seu conterrâneo Kimi Räikkönen deixar a corrida com problemas no acelerador. Um péssimo fim de semana para os pilotos finlandeses.

- A Ferrari, por sinal, deu sequência às suas atuações patéticas nessa Temporada 2009: como se não bastasse o erro coletivo que tirou de Räikkönen a possibilidade de avançar ao Q2 na classificação de ontem, hoje o F60B mostrou-se mais problemático do que o seu antecessor. Pior: Felipe Massa, que vinha em uma ótima prova e tinha o 4º lugar garantido, sofreu com erros estratégicos da equipe e teve que literalmente tirar o pé nas últimas cinco voltas, perdendo posições para Vettel e Alonso - se mantivesse o ritmo, sofreria pane seca. Até quando a equipe italiana continuará protagonizando episódios tão ridículos quanto esses?


- Voltando ao início da prova: Barrichello e Button estavam em uma briga aberta, trocando melhores voltas em um ritmo amplamente superior aos demais pilotos, em uma prova clara da incontestável superioridade da Brawn GP nessa temporada. O brasileiro parecia estar na briga pela vitória, já que estava mais pesado que o inglês e em alguns momentos até mais rápido. Mas o líder do campeonato alterou sua estratégia, passando a fazer apenas duas paradas, ao invés das três paradas de Barrichello.

O segundo piloto da Brawn liderou metade da prova e imprimiu um ritmo alucinante, sendo cerca de 8 a 9 décimos por volta mais rápido do que Button. Mas para fazer valer sua estratégia de três paradas, deveria andar no limite durante quase toda a prova. Nesse ítem, Barrichello fracassou: após sua segunda parada, voltou na 4ª posição e perdeu a vitória, precisamente, na 40ª volta. Neste momento, o inglês anulou inteiramente a diferença perdida para o brasileiro no cronômetro e soube ser constantemente rápido - o suficiente para sair de seu último pit-stop cerca de sete segundos à frente de seu companheiro de equipe. O resultado estava definido.

- No mais, foram raríssimas as brigas por posições. Sebastian Vettel passou a prova inteira encaixotado atrás de Felipe Massa e teve atuação bastante apagada, largando três posições à frente de Mark Webber e chegando imediatamente atrás de seu companheiro de equipe. Webber, por sua vez, foi o nome da prova: protagonizou o grande momento da corrida, foi rápido o suficiente para fazer valer sua estratégia e conquistou uma mais do que merecida terceira posição - seu segundo pódio na temporada. Brilhante atuação do australiano.

- Quem esteve discreto durante toda prova mas conseguiu um grande resultado final foi Fernando Alonso. O piloto da casa largou no oitavo posto e terminaria em 6º, mas alcançou a 5ª posição graças ao problema sofrido por Massa. E assim o espanhol vai conquistando regularmente seus pontos; é o máximo que pode fazer com esse carro-caixote da Renault, e é exatamente o oposto do que faz seu companheiro de equipe: Nelsinho Piquet terminou onde largou, na 12ª posição, e só apareceu nas imagens da transmissão da prova quando foi superado por Lewis Hamilton. Pelo menos não protagonizou seu habitual espetáculo de rodadas e saídas da pista, o que já pode ser visto como um relativo lucro.


- Outro que também mal apareceu na prova foi Nick Heidfeld: eficiente e discreto como de costume, o alemão também conseguiu ir além do que o péssimo BMW Sauber pode conseguir e garantiu mais dois pontos na tabela ao conquistar a 7ª posição. E, quem diria, está muito à frente de seu companheiro de equipe, o badalado Robert Kubica. Claramente desmotivado, o polonês foi apenas o 11º colocado.

- Lewis Hamilton, por sua vez, ficou na posição do bobo. A 9ª colocação final é um reflexo exato do fraquíssimo desempenho da McLaren em território espanhol. A equipe andou para trás, mas deve se recuperar em Mônaco - sobretudo por ser uma das pistas favoritas do atual campeão mundial.

- Chamou atenção também a queda de rendimento da Toyota: discreta nos treinos durante todo o fim de semana, a equipe que era tida como uma das forças da atual temporada alcançou apenas uma apagada 10ª posição, com Timo Glock. Muito pouco para quem esperava lutar por vitórias na fase europeia.


- Quatro vitórias em cinco corridas, cinco vitórias na carreira, líder do campeonato com 41 pontos - 15 pontos à frente do vice-líder, 19 pontos à frente de seu primeiro adversário direto. Este é Jenson Button. Além de brilhante e preciso, o inglês tem a seu favor um segundo piloto que é um excepcional acertador de carros e talvez o melhor escudeiro que a Fórmula-1 já teve em sua história. É impossível negar que Button é claramente o favorito ao título, e o faz por merecer.

Afinal de contas, como foi dito no início do texto, o britânico mostra corrida após corrida que não é apenas um bom piloto: é, de fato, um piloto campeão.



Neste domingo não me contive de decepção, pôxa meu, a fórmila1 parece que torce contra o Brasil, desta vez foi os dois mais importantes brasileiros da Formula que foram sacrificado. Gostei mesmo quando o Rubinho disse que penduraria a chuteira, será que não baste o que ele sofreu na Ferrari. E o Felipe no final da competição uma contra ordem porque estava quase sem gasolina pro final, deste jeito não da Brasil mesmo.